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23º Congresso Medicina Geral Familiar

Tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, para além da farmacologia

Data de realização: 26 de setembro de 2019 Horário: 15:15-16:45    

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Coordenação: GRESP/APMGF       

Dinamizadores: 

Carina Ferreira - Médica interna de MGF. USF do Minho, ACeS Braga. Elemento do GRESP

Daniel Castro - Médico de Família. USF Santa Maria - Tomar, ACeS Médio Tejo. Elemento do GRESP, Responsável do grupo de Inaladores e Dispositivos Técnicos

Pedro Fonte - Médico de Família. USF do Minho, ACeS Braga. Assistente Convidado, Escola de Medicina da Universidade do Minho. Elemento do GRESP, Responsável dos grupos de Provas Funcionais Respiratórias e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Tânia Varela - Médica de Família. Unidade de Saúde Familiar da USF S. Martinho de Alcabideche, ACeS Cascais. Coordenadora da Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos, ACeS Cascais. Membro da Coordenação do GRESP

 

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica é uma doença crónica, não curável mas tratável. À luz dos conhecimentos actuais, não é possível resolver definitivamente as alterações que caracterizam esta doença, mas estas podem ser atrasadas, controladas e os sintomas podem ser aliviados através de um vasto conjunto de intervenções terapêuticas.

Ao longo dos últimos anos, tem sido grande o investimento da indústria farmacêutica no desenvolvimento de novas moléculas e dispositivos. Este foi um avanço importante porque conseguimos, hoje em dia, personalizar bastante a inaloterapia nestes doentes.

No entanto, e apesar desta evolução, a terapêutica farmacológica continua a não ser a intervenção com melhores resultados. Por sua vez, a Reabilitação Respiratória, a par da cessação tabágica, é uma intervenção com muito melhores resultados em termos de alívio de sintomas, redução de morbimortalidade, melhoria da qualidade de vida. Esta é na verdade a intervenção com a melhor relação custo-benefício.

A Reabilitação Respiratória é habitualmente definida como um programa que inclui um conjunto de intervenções centradas em duas áreas principais: exercício físico e intervenção educativa. Está indicada em diferentes doenças respiratórias e, nas pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, destina-se sobretudo àquelas que têm já algum tipo de limitação nas actividades de vida diária.

 

Apesar da evidência inequívoca quanto aos benefícios dos programas de Reabilitação Respiratória nos doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, clara é também a insuficiente resposta que estes doentes têm no panorama nacional. Acredita-se hoje que isto se deve, em grande medida, ao facto de estes programas se terem vindo a centralizar somente nos cuidados hospitalares ou centros de reabilitação, condicionando a acessibilidade, a adesão e manutenção dos doentes nos mesmos. Vários documentos nacionais e internacionais têm vindo a defender uma mudança de paradigma, existindo evidência de que o benefício para o doente é, no mínimo, igual quer em programas instituídos em contexto hospitalar quer em programas domiciliários. São atualmente reconhecidas as enormes mais-valias de passar a organizar estes programas ao nível dos Cuidados de Saúde Primários.

Neste sentido, parece incontornável que o médico de família terá de assumir a gestão integrada destes cuidados, assim como já o faz para outras patologias crónicas. O GRESP, como defensor destas mesmas ideias, propõe-se com este workshop a ajudar os colegas a aprofundar conhecimentos nesta área terapêutica. De uma forma bastante interactiva, tentar-se-á apoiar os participantes no desenvolvimento de competências de referenciação, prescrição e gestão de intervenções de Reabilitação Respiratória.

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